sexta-feira, 25 de junho de 2021

existir

esses dias tô me sentindo tão bombardeada de informação na internet, tão vigiada e cobrada de tudo por todo lado, tão sem tempo pra nada enquanto esperam que eu tenho tempo pra tudo.

eu sinto que a gente não tá existindo,
só fingindo que existe.

_________

desabafo diretamente ligado a esse vídeo da maniezinha (que engraçado chamar no diminutivo um nome que já parece estar no diminutivo) que a nic mencionou nesse comentário, num post que fala a mesma coisa. eu sinto que preciso repetir que tudo é demais, porque parece que o mundo não entende.

e sim, agora tô colocando nota de rodapé em post de blog.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

coletânea

hoje é dia de são joão, dia internacional do disco voador (?), e tem lançamento de álbum da pabllo (???). eu decidi que ia postar algo aqui hoje pra comemorar o mês do orgulho, já que eu me encaixo em um monte de bandeiras, mas não sabia exatamente o que falar — não me agrada a ideia de fazer disso um momento explicativo, porque simplesmente nunca foi algo que eu senti necessidade de explicar. deixo vocês então com alguns momentos que representam pra mim o que é fazer parte da comunidade lgbtqia+ :^)

“tá, a gente precisa escolher um dia.”

é novembro, o clima está agradável e os dias têm sido maravilhosos. é nosso último dia juntas até sabe-se-lá quando, e eu sei com toda a certeza que quero tê-la na minha vida por muitos outros novembros. ela me encara com uma cara esquisita e me pergunta: “dia pra quê?”. eu respondo que é um dia pra gente, oras, já que a gente se conheceu pela internet e sei lá qual seria o dia ideal pra começar a namorar. na minha cabeça, a gente já tá namorando. ela ri, se afasta do meu abraço, e me encara.

“a gente precisa conversar,” diz, o rosto contorcido naquela expressão que é meio hahaha-estou-nervosa-mas-vou-fingir-que-tá-tudo-bem. eu sinto o meu coração parar e pesar, tudo ao mesmo tempo, como se a gravidade dentro do meu corpo tivesse aumentado. “conversar sobre o quê?,” é minha vez de perguntar, e ela diz que antes de decidir qualquer coisa ela precisa me contar algo que pode me fazer não querer escolher dia nenhum. minha cabeça dá trezentas e sessenta e cinco voltas por segundo. eu enumero as razões pelas quais ela pode ter dito aquilo:

  1. ela matou uma pessoa e é procurada por todo o brasil e em pelo menos 3 outros países;
  2. ela tem uma família, uma esposa (ou esposo), filhos, e eu serei A Outra;
  3.  ela tem uma doença terminal e só lhe restam alguns meses de vida;
  4.  ela trafica DROGAS e ÓRGÃOS!!!!

nenhuma dessas razões faria sentido se eu parasse pra pensar por mais algum tempo, mas a ansiedade já tinha tomado conta de mim. quando nos separamos naquele dia — só iríamos nos encontrar novamente à noite —, eu decidi não pensar muito mais nisso.

(no fim das contas, não era nada disso, ela riu da minha cara quando eu disse o que tinha pensado e eu ri da cara dela quando ela me contou que a coisa muito importante que precisava me contar é que os pais dela não sabiam que ela era bi. como se isso fosse fazer alguma diferença pra mim!, eu ri, o mesmo tempo em que ela encolhia os ombros e dizia um “sei lá”. como se isso fosse me impedir de manter essa menina na minha vida.)

     

eu me encaro no espelho, segurando o cabelo pra trás. bem que dava pra passar por um menino, eu penso, porque meu nariz é grande e minha cara é meio esquisita. fico pensando como seria ter o cabelo curto e ser, de fato, um menino. é difícil pra mim conceber a ideia, já que, até onde eu sei das coisas, a cabeça dos meninos funciona de forma diferente. eles sentem as coisas de um jeito diferente — talvez só tenham prioridades diferentes, eu sei lá. dou de ombros e deixo o pensamento pra lá, voltando a lavar o banheiro.

um bocado de anos depois (e um bocado de desconstrução depois, também), me deparo pela primeira vez com o conceito de não-binariedade. algo entre ser um menino e uma menina, mas ao mesmo tempo não exatamente, e ao mesmo tempo mais ou menos isso aí mesmo. a coisa clica na minha cabeça mais rápido do que eu consigo pensar no que é o conceito, e eu me identifico completamente com alguma coisa pela primeira vez — não só em parte, não pela metade. completamente. me exaspero e guardo aquilo pra mim.

(dois ou três anos depois, finalmente abraço aquilo pra mim, ignorando o medo de não fazer sentido, de não me encaixar, de não ser fora do padrão o suficiente pra ser aceita. entre quedas, tropeços e arranques, frios-na-barriga e dentes apertados juntos de nervoso, decido que não preciso ser como eu acho que outras pessoas querem me ver, aceito ser quem eu sou pra mim mesma e finalmente dou um pouco de paz pra minha mente questionadora, que agora só quer saber de joguinhos)

     

“arantxa, você é o quê?”

(coloco entre aspas mas já não me lembro se a pergunta era essa, ou você é bissexual?, ou você tem certeza de que não é hétero?. não faz muita diferença, no fim das contas)

um mundo passa pela minha mente em centésimos de segundo: me lembro de quando minha mãe encontrou meu histórico de conversas no computador, e leu toda a discussão que tive com uma amiga sobre ser bi. à época, eu neguei — meu eu mais jovem só queria menos um problema na vida —, fiz um texto enorme dizendo que aquilo era uma personagem que eu criava pra me enturmar.... vixe, um monte de coisas. eu sabia que estava mentindo, mas era a forma mais fácil de continuar a vida então.

dessa vez, encarei minha mãe e disse, sem piscar: “eu sou bissexual.”

(ou sim, eu sou bi, ou sim, tenho certeza, sou bi. não faz muita diferença, no fim das contas. nunca fez, mesmo quando eu passei a preferir a bandeira da pansexualidade, mesmo quando eu entendi mais sobre mim, sobre o mundo, sobre a vida. mesmo quando eu passei a andar de braços dados com as duas bandeiras ao mesmo tempo. eu sempre tive muita certeza de quem eu sabia que era)

     

“o negócio é que eu não sinto a atração, sabe? posso ter vontade, mas não é a atração que me move. é... outra coisa, sei lá,” tentei explicar, encarando o teto escuro do meu quarto, o telefone grudado na orelha. amanda e eu estamos conversando sobre limites e ela me pede pra explicar sobre assexualidade, e eu me pego tendo dificuldade pra formular em palavras algo que é tão natural dentro de mim. “é tipo assim: se acontecer, ok. mas eu não olho pra alguém e sinto vontade de... sabe?” (apesar de falar de cu, cocô e coisas do tipo a torto e a direito na internet, eu ainda sou uma pessoa com vergonha) “acho que entendi,” ela responde. eu falo um pouco mais, explico que pode variar, que eu me encaixo numa área cinza em que não sinto, mas não excluo a possibilidade de sentir, seja lá qual forem os motivos.

ela diz: “eu só queria entender. se você quiser só segurar a mãozinha pelo resto da vida, eu vou segurar mãozinha pelo resto da vida.”

nessa noite, eu durmo com o êxtase que é ser apreciada, respeitada e compreendida.

     

é dia dos namorados, e eu acordo com um pix de 100 reais na minha conta. dou uma risada exasperada e devolvo o pix, dizendo “se você me deu 100 reais de presente, eu posso te dar 100 reais de volta!,” enquanto ela se revolta com a minha resistência aos presentes unilaterais. combinamos de comprar comida uma pra outra, ao longo do dia.

mais tarde, a mãe dela me manda uma mensagem de áudio: “queria te desejar um bom dia dos namorados, espero que você esteja bem, e se vocês duas forem ficar mandando pix pra lá e pix pra cá, podem as duas mandar o pix pra minha conta, viu?”. eu dou muita risada e mando um áudio agradecendo minha sogra.

     

“eu queria dar um presente que fosse a sua cara,” minha mãe diz, enquanto vê minha namorada abrindo um presente do outro lado da tela. como presente de aniversário, ela mesma teve a ideia de fazer um caderno com uma foto fofa da amanda abraçada à kim, sua filha canina, e também mandou uma caneca de vidro com uma frase de how i met your mother — isso aí foi ideia minha. amanda sorri e diz que adorou o presente. eu bato o olho no caderno combinando que ganhei da minha mãe dias antes, uma foto minha com minha namorada abraçadas, e sorrio também.

     

o dia foi difícil, eu estou nervosa e vou precisar encarar um momento ainda mais difícil muito em breve. faz frio, e amanda diz: “vamo tirar uma foto se beijando na frente da havan?”. eu dou uma risada das raras que aconteceram naquele dia, nós tiramos a foto e enrolamos um pouco mais no parque de diversões antes de encarar o inevitável.

eu ouço o que não quero ouvir, eu choro tanto que mal consigo falar ou respirar, eu penso como vai ser minha vida dali pra frente. amanda me diz: eu tô com você. meus amigos me dizem: estamos com você. mais de uma pessoa me diz que eu tenho pra onde ir, se precisar, e eu me sinto abraçada por aquele monte de gente que eu escolhi manter perto de mim, que eu escolhi como minha família. por coincidência ou não, no dia seguinte eu recebo uma ligação me dizendo que não fui selecionada para uma vaga de emprego (o que é um peido pra quem tá cagado, não é mesmo?).

trinta minutos depois, recebo outra ligação dizendo que tinham decidido contratar outra pessoa, e que essa pessoa era eu. é meu primeiro lembrete de que tudo melhora — tudo, seja de uma maneira ou de outra. depois de tanto chorar, eu tenho motivo pra sorrir.

e continuo tendo.

e continuo tendo! :^)

segunda-feira, 21 de junho de 2021

coisa demais, tempo de menos

há 23 abas (tirando essa) abertas no meu navegador, e minha cabeça pensa tão rápido em um milhão de assuntos que eu sei que mal vou me lembrar da metade quando conseguir terminas de escrever essa presente frase. não sei exatamente o motivo de sentir uma necessidade enorme de escrever alguma coisa, mas ela chega — e quando chega, eu prefiro não ignorar.

ultimamente, tenho escutado músicas que não foram escolhidas por mim, naquele esquema de ouvir alguma coisa no spotify e deixar que ele coloque outra música que se pareça com a anterior, e por aí vai. eu sinto falta de ouvir músicas novas, e isso é o mais perto que consigo de ouvir uma estação de rádio (mesmo que essa estação não tenha propagandas, ou programas, ou a possibilidade 50/50 de tocar algo que eu não goste, já que o rádio não se baseia no meu gosto). isso é bom, porque eu tenho descoberto músicas novas que entraram pra minha playlist de 2021, mesmo que eu não ouça a playlist de 2021, já que só ouço a rádio da música astronomy, do conan gray.

✶ ✶ ✶

não sei exatamente como, mas acabei com trocentas abas abertas de blogs, newsletters, canais de receita no youtube e links de livros na amazon. entre clicar em links de newsletters, cair em perfis de pessoas nos comentários de blogs alheios e simplesmente viver a vida na internet pulando de hiperlink em hiperlink, li sobre livros (que fiquei com vontade de ler), receitas (que fiquei com vontade de fazer) e coisas que alguém, assim como eu, precisou parar tudo pra escrever o que girava na própria cabeça, como se nós fôssemos algum tipo de máquina de lavar complicada em que, ao invés de lavar roupas, só joga pensamentos pra lá e pra cá. li sobre morte, sobre luto, li sobre como fazer pra viver nos dias em que vivemos e, assim como eu desconfiava, já mal me lembro o que tudo isso me fez ficar com vontade de escrever.

✶ ✶ ✶

devido a acontecimentos que, se eu contasse, pareceriam frutos da minha imaginação — e que eu não quero contar pois tendo a fazer tudo parecer cômico, e se tem algo que eles não são é cômicos —, eu dormi feito um passarinho assustado essa noite: acordando com qualquer barulho esquisito, tomando susto, abrindo a janela pra olhar a rua e ver se não tinha nada acontecendo. minha vida, de tempos em tempos, se torna um misto de raiva, nervoso, tristeza, angústia e meu-deus-eu-não-sei-o-que-fazer, e meu fim de semana foi desse jeitinho. me peguei criando situações na minha mente em que eu queria socar uma pessoa, mas aí eu mesma sabia que isso não ia dar em nada (sem contar que eu não quero realmente socar ninguém), mas aí... o que mais eu podia fazer? o que a gente faz quando uma situação não depende de você, mas quem pode fazer algo a respeito não faz nada? decidi que, se querem me deixar maluca, eu vou ser maluca. querem fazer da minha vida um inferno? vou ficar virada no capeta. vamos ver onde isso vai dar.

(ainda bem que tenho terapia essa semana)

✶ ✶ ✶

ontem fiz uma receita do blog da aline, o creme de abóbora com gengibre — só que minha receita não foi bem um creme, e sim um caldo, eu deixei a casca da abóbora e por isso o negócio ficou verde, e eu coloquei um monte de páprica doce e curry pra dar uma incrementada no sabor. sabia que páprica é feita de pimentão desidratado? fica aí mais uma das curiosidades aleatórias da vida pra vocês.

voltando ao assunto, o creme — digo, o caldo — deu muito certo e ficou uma delícia. o que não deu tão certo assim fui eu colocando uma colherada quente demais de caldo na boca, o que resultou em uma arantxa desesperada sem saber o que fazer e que acabou engolindo o negócio pra parar de queimar a boca toda. resultado: queimei a garganta, e hoje a bichinha tá toda sensível. mas como o caldo ficou perfeito, vou dizer que valeu a pena. mais ou menos.

✶ ✶ ✶

me peguei querendo voltar a ler — influência de letícia e vanessa, muito provavelmente. sinto saudades de ser uma pessoa que lê e tem outras histórias além da própria pra poder se distrair nas horas vagas. decidi que vou juntar todos os livros que ainda não li, fazer uma pilha, e ler um a um. vai que.

domingo, 20 de junho de 2021

tucano é um pássaro feito em computação gráfica

passando aqui só pra não perder o timing e trazer minha zine, que foi o produto final do curso de quadrinhos do qual eu participei (e que vocês me ouviram falar sobre por alguns posts aqui e outros ali). aprendi bastante coisa, vi um bocado de erros e já vejo várias coisas que faria diferente, mas gostei do resultado. fazia tempo que eu não criava alguma coisa visual assim, pra mim, e fiquei feliz ♡

sem mais delongas: o link da minha zine, galerinha do mal. e boa semana procês!

sábado, 19 de junho de 2021

sinto saudades de ter saudades de ficar sozinha

(ou: pensando pensamentos em profusão)

é sábado à noite e eu fiz um bocado de coisas hoje — acordei, fui ao dentista, voltei pra casa, arrumei a sala, meu quarto, o quarto da minha mãe, lavei dois banheiros e estendi roupa. tudo isso com aquela cólica chata que faz a minha barriga e as coxas ficarem doendo, não demais pra me impossibilitar de viver, mas o suficiente pra me lembrar que a vida é um eterno sofrimento.

(desculpa o drama, eu tô de tpm)

eu ando me sentindo muito sozinha. há um tempo, eu me considerava alguém muito mais introspectiva, que preferia ficar sozinha, que se cansava quando ficava em contato com pessoas por muito tempo... no fim das contas, pouco antes de entrarmos nessa pandemia eu descobri que eu gosto de gente: gosto de ter companhia, gosto de ouvir histórias, gosto de fofocar. isso torna o fato de estar em casa sem poder sair e ver meus amigos muito mais difícil — eu, que antes mal podia esperar pra chegar em casa e ficar sozinha, agora sinto muita falta de poder conviver com alguém até ficar de saco cheio.

não que eu não sinta falta de ficar sozinha, também, porque estar em casa é estar com meus pais e meu irmão, e isso quer dizer que eu nunca estou realmente acompanhada mas nunca estou realmente sozinha, também. eu me pego pensando que a vida é feita de equilíbrio, e é como se alguém tivesse roubado as duas coisas que eu consigo equilibrar e me colocado numa arapuca: eu gosto da companhia da minha mãe, mas querer ficar sozinha deixa a pobre mulher chateada; eu gosto de poder fofocar com meus amigos, mas não suporto mais chamadas de vídeo. “nem quem ganhar nem quem perder vai ganhar ou vai perder: vai todo mundo perder”, como já diria dilminha.

já faz mais de um ano que eu estou em acompanhamento psicológico, e conseguir viver em meio à minha confusão de pensamentos é bom, mas dá muito trabalho. é claro que eu prefiro chegar ao fim do dia cansada e ligeiramente triste a perceber que passei o dia inteiro encarando a tela do celular ou do computador e não fiz absolutamente nada, mas vou te falar um negócio: ninguém te diz o quanto existir racionalmente (ou mais-ou-menos-racionalmente) é cansativo. às vezes eu só queria poder não pensar, não encarar todos os meus problemas de forma racional, afundar na cama, ignorar todas as minhas responsabilidades e dormir por dezesseis dias seguidos.

claro que isso não vai resolver meus problemas. claro que vai me afundar em apatia. mas eu queria, porque é muito mais fácil do que ser o contraponto ao meu cérebro me mostrando todas as coisas que eu nunca vou conseguir controlar, todos os problemas que eu nunca vou conseguir resolver, porque o mundo não funciona assim, e porque a vida não pode ser injusta se ela nunca foi justa pra começar. eu sinto falta de ser criança e não ter que resolver problemas, eu sinto falta de fingir que minhas crises passavam porque depois de um tempo tudo passa — é melhor saber como as coisas funcionam, mas dá tanto trabalho! e eu só fico tão cansada!

eu queria conseguir comer melhor, fazer tudo na hora ao invés de postergar, não guardar rancor de quem me magoou. eu penso: querer coisas é bom, você tem pelo que existir, você tem coisas pra alcançar. eu penso: como é cansativo falhar!, mas é a vida. as pessoas me perguntam como vai a vida, e eu respondo: ah, daquele jeito... mas vamo que vamo. eu penso: que saco ter que sentir esperança quando tá tudo ruim. eu rebato: ainda bem que a gente tem a esperança.

esperança é aquela sua amiga chata que te acorda às sete da manhã quando você tá mal, te obriga a se arrumar, fica com um sorriso o tempo todo no rosto e faz você sentir ódio por ter tomado as rédeas do seu dia mas, no fim, você percebe que o dia tá lindo e que a companhia dela é agradável. não é culpa dela que você não dormiu cedo, não comeu bem e não tá muito animado. não é culpa dela que você esteja meio rabugento.

(a esperança existe justamente porque a gente fica rabugento, às vezes)

(e, por mais que doa: ainda bem que existe)

sexta-feira, 18 de junho de 2021

nunca diga nunca, porque vai que

aqui na minha cidade tá fazendo 16°C no presente momento, e eu estou pensando que, meu deus do céu, pra QUÊ??? estou falando da minha cadeira em frente ao computador, mas gostaria de estar falando de dentro de um casulo de cobertas quentinhas. socorro.

passei pra responder a uma tag que a nic me marcou e chamar vocês pra assistir os filmes da festa do cinema italiano! a partir de... bom, ontem, a cada dia tem 2 filmes disponíveis por 24h, a partir das 18h. também tem 4 filmes disponíveis durante todo o festival, que dura até dia 27 desse mês. aí você me pergunta: “arantxa, você já viu algum desses filmes?” não. “ah, então você conhece os diretores?” também não. “você pelo menos leu as sinopses???” gostaria de falar com meu advogado, por favor. brincadeiras à parte, eu gosto de assistir coisas novas e ser meio maluca, então vou tentar assistir alguns dos filmes e ver no que dá. sintam-se livres para me acompanhar :^)

✶ ✶ ✶

neverland

(já começo dizendo que quebro regras de todas as tags, porque esse é o meu jeitinho)

quem criou essa tag foi o victor, e quem me indicou foi a nic! como não vou indicar ninguém, quem quiser fazer pode checar as regras no post de qualquer um dos dois.

green gables: qual o seu lugar menos favorito do mundo?

não... faço a menor... ideia........

cair paravel: se tivesse que escolher um alimento para comer pelo resto da vida, qual seria?

vou de banana, a melhor fruta já inventada!

hogwarts: imagine que um culto muito respeitado fundou uma religião baseada nos teus ensinamentos. o que você vai deixar de lição para eles?

não farás ao próximo o que não gostarias que fizessem a ti, e não repreenderás o dedo no nariz, pois aos humanos já é negada muita felicidade.

bosque dos cem acres: você gostava de brincar de alguma coisa no intervalo? se sim, do quê?

quando eu ainda estava no ensino fundamental, minha escola tinha uns prédios com reentrâncias e saliências. eu gostava de subir na saliência do começo de uma parede e ir até o fim sem cair — se eu cair, tinha que começar tudo de novo. pra mim, era divertidíssimo, rs. conta?

refúgio das fadas: indique uma música (ou mais) que tenha ouvido bastante.

IHUUU!!! bom, sem muitos comentários, vou mandar aqui algumas das que eu tenho colocado em loop:




terra de oz: cite as coisas que você mais se orgulha em si.

eu sou muito boa em colocar as pessoas pra cima reconhecendo coisas que elas fizeram ou em que são boas. eu sou muito boa em deixar as pessoas felizes com cartas chegando pelo correio!!! e também sou muito boa fazendo torta de frango com massa de milho, hmmm. mas acho que uma das coisas que eu mais gosto em mim mesma é que estou sempre tentando ser melhor e me entender mais um pouco :^)

(também sou muito boa desenhando versões minhas desesperadas em post-its)

país das maravilhas: qual o último livro que você leu? você gostou dele?

o último livro que eu comecei a ler eu não terminei, e acho que isso torna o último livro que eu li a hora da estrela, da clarice lispector — que inspirou duas das minhas tatuagens, aí você imagina se eu gostei ou não (leiam esse livro!!)

gravity falls: crie uma estética pra sua estação favorita.

céu azul, luz quente, fechar os olhos e ver o vermelho do sangue correndo pelas pálpebras; sombra e luz brincando nas paredes, reflexos de pequenos arco-íris aqui e ali e passarinhos chegando pra comer uma fruta na varanda. música tranquila, música animada, marulho de panela de pressão e cheirinho de alho e cebola cantando na panela — água gelada, sorriso no rosto, chinelo no pé e pé no chão. se possível, areia; se não, qualquer chão tá valendo. risadas e conversas alheias na rua. o sol sorrindo e fofocando com as nuvens. verão <3

arendelle: com qual personagem fictício você mais se identifica?

tem tantos que é até difícil lembrar!! tem a akko de little witch academia, o phil de modern family, o alfur de hilda, a retsuko de aggretsuko, o liquidificador em reflexões de um liquidificador (kkkkk) e por aí vai. geralmente são personagens engraçadinhas.

crystal tokyo: se você pudesse viajar para o futuro, o que esperaria ver? 

quem sabe uma sociedade que fizesse mais sentido de acordo com as regras que nós mesmos criamos pra ela. eu não penso tanto em tecnologia quando penso no futuro, na verdade kkk só queria que a gente saísse do capitalismo e fosse pra um sistema econômico melhor (ou menos pior) (mas idealmente melhor, né).

burial mounds: qual é o refúgio (físico ou mental) mais seguro do mundo para você?

meu quarto sempre foi meu lugar preferido!! nada como deitar na minha própria cama.

deadman wonderland: o que seria um ato de amor, segundo o seu ponto de vista?

agir por amor é saber o que é melhor pra outra pessoa e até onde você consegue ir pra alcançar esse melhor. acho que amor é saber que, num mundo com possibilidades infinitas, você encontrou uma pessoa por tempo o suficiente pra construir alguma coisa que faz ambos sorrirem e ficarem felizes. 

beach city: cite uma frase ou trecho de livro que lhe tenha feito a diferença recentemente.

vou pular essa porque não leio algo faz tempo RISOS

far far away: conte uma curiosidade sobre você.

eu adoro fazer coisas manuais. vai de desenho e bordado a furar paredes e montar móveis — eu adoro ver coisas tomando forma!! eu pintei as paredes do meu quarto mais de uma vez e desenhei meu próprio guarda-roupa, instalei todas as estantes do meu quarto e construí minha mesa com a ajuda de uma amiga minha, a ana. meu sonho é um dia ser meu próprio matheus ilt.

genovia: o que você faz quando não tem ninguém olhando?

eu sou uma grande defensora do direito de enfiar o dedo no nariz. também faço dancinhas aleatórias enquanto trabalho e escuto música, e às vezes converso comigo mesma e com minha calopsita (agora faço isso em português, inglês, espanhol e, às vezes, arranho um francês). quando eu ficava sozinha em casa, adorava poder andar pelada por aí — eu sou a exceção naquela frase “todo mundo tem um vizinho pelado”, porque eu SOU o vizinho pelado. desculpa, vizinhos.

segunda-feira, 14 de junho de 2021

na minha cabeça faz sentido (mas só às vezes)

quando eu era mais nova e estava lendo a série de harry potter pela primeira vez (ai, que saudade de me apaixonar por tudo pela primeira vez e esperar por um livro o no inteiro só pra devorar o coitado em algumas horas de leitura quase ininterrupta), não conseguia ler a palavra “incrédula”. aliás, não é que eu não conseguia — pra mim, ela era uma palavra diferente. indrécula. algo que, por motivos que jamais saberei dizer, fazia sentido pra mim, porque “indrécula” era muito mais bonito pra se dizer do que “incrédula”. assim como, em algum momento da minha infância, eu concluí que “cérebro” podia até ser o certo, mas “célebro” era muito mais legal.

não sei exatamente o porquê de me lembrar disso agora, mas aconteceu. o primeiro aviso que meu calendário me dá na segunda-feira é um evento que eu mesma criei, chamado “ler/organizar e-mails”; e, mesmo que esse lembrete não tenha nada demais (eu só não gosto de ficar com a caixa de entrada cheia de coisas pendentes), às vezes ele me traz uma certa paz. meia hora do meu dia dedicada ao que eu quiser, mesmo que a agenda diga que eu estou lendo e organizando e-mails.

planejamento é uma coisa engraçada. enquanto pessoa ansiosa — geralmente ansiosa por alguma coisa empolgante ou pra contar alguma surpresa a alguém ou pra receber alguma coisa pelo correio, mas clinicamente ansiosa, nesse caso — eu me pego planejando o dia pra não chegar ao fim dele e ter me distraído o suficiente a ponto de não fazer nada que devia. eu não sei em que momento eu passei a incluir meus afazeres do trabalho na lista que me guia todo dia (antes ela era muito vazia), mas às vezes me questiono o quanto o que eu faço pesa na balança de importância da minha vida; em seguida, me pergunto: será que esse negócio de balança de importância sequer existe? eu penso que quero ser uma boa profissional, mas não quero ser conhecida pelas coisas que faço pra ganhar dinheiro, por mais que goste delas. queria sempre que as pessoas se lembrassem de mim como uma doidinha na internet que é gentil e gosta de coisas meio esquisitas e fala de cu de vez em quando. i wish i’m just a doido da internet to you. ao mesmo tempo, tento dar conta do peso de ser uma boa profissional e não cair nas garras do pensamento capitalista — eu quero trabalhar com algo que não seja doloroso, mas não quero me reduzir a isso; quero ser uma boa profissional, mas não estou disposta a gastar todo o meu tempo pensando na minha função, me especializando, lendo a respeito, me comparando com outras pessoas. dentro dos meus privilégios de poder fazer isso, eu quero uma existência que não me deixe exausta de cada coisa que eu escolho fazer.

eu me dou muito bem com regras de gramática, mas faço escolhas que encaixam melhor com a pessoa que eu sou. letras maiúsculas não são comigo (só de vez em quando), e a palavra “para” é rara demais no meu vocabulário do dia-a-dia para que eu a inclua nos meus escritos informais. talvez em alguns momentos ela se encaixe melhor, mas quase nunca — eu gosto de escrever quase como se estivesse falando, e vai ver é por isso que eu gosto tanto de clarice lispector e de quem escreve em fluxo de pensamento. vai ver é por isso que eu gosto tanto de escrever cartas, porque existe uma infinidade de coisas em que eu consigo pensar a partir de uma frase ou uma palavra sem a pressão de enviar a mensagem antes que a outra pessoa comece outro assunto numa janelinha dentro de uma tela.

eu sinto falta de abraços. fui eleita (de brincadeira, mas ainda assim um título do qual me lembro com carinho e uma risadinha interna) o melhor abraço da minha turma do ensino médio, e me lembro do dia em que um monte de gente fez uma fila pra me abraçar. eu sou uma pessoa que gosta de abraçar, segurar a mão, conversar rindo — é difícil viver sem a perspectiva de quando poderei abraçar meus amigos, e conhecer pessoas novas, e abraçá-las de novo. eu me lembro de 2018 (provavelmente a época em que eu mais saí na vida) (ou não, minha memória não é das melhores) e de um amigo que gostava de abraços e que segurava a minha mão sem nenhuma outra intenção. eu me lembro do carinho. dia desses eu li na internet (é tão engraçado dizer “li na internet”, como se ela fosse uma sopa de palavras na qual eu pesquei uma frase ou outra — neste caso, eu li no twitter, mesmo) que ian mckellen deu um toque ao elijah wood e àquele outro jovenzinho no set de senhor dos anéis para que os dois segurassem as mãos em determinado momento do filme, porque no livro sam e frodo dão as mãos, e os leitores esperariam por isso. ignorando todas as discussões sobre romance-ou-não-romance, fico me perguntando quanto da sexualização da intimidade é culpa da construção da sociedade em que vivemos. em uma reviravolta bastante previsível, no meu caso, só me pergunto isso porque queria viver em um mundo com mais carinho que existe só por existir, desatrelado de qualquer outra intenção. carinho é a forma física de sorrir pra alguém que se gosta. eu sinto falta de me apaixonar — por coisas, por amigos, por pessoas, passatempos, por bichos, por dias, por cores no céu. por músicas. a paixão é a combinação de um amor intenso com uma empolgação que faz o peito doer de um jeito bom, o sorriso que continua mesmo depois de você ter deixado de pensar em algo, ou em alguém, porque o sentimento dura mais do que o pensamento permanece em foco. sinto falta de fazer novas amizades, sinto falta de sair com meus amigos e dizer a desconhecidos, levemente embriagada, que eles deviam se dar mais crédito e que ainda seriam muito felizes na vida. seriam não, serão. sinto falta de fazer amizade com garçons.

no festival que fui com amigos e no qual passei o primeiro dia quase-inteiro junto com minha agora namorada, então menina-que-eu-gostava (quem precisa de títulos?), tenho quase certeza de que vi um moço com uma tatuagem que dizia "sentimentos radicais" no antebraço, do cotovelo ao pulso. à época, nomeei minha playlist daquele ano com a frase. hoje, me pergunto qual fonte e qual lugar seria o melhor para tatuar algo que me define — assim como a frase “lindinha, megalomaníaca”. é difícil sentir tudo muito. é difícil querer o mundo quando a gente sabe que não pode abraçá-lo, mas um pedaço de toda a felicidade do mundo nunca é de menos, mesmo quando a gente quer demais. mesmo quando a gente sente demais.

(nesse mesmo festival, eu e amanda olhamos por cima do ombro de um pessoa à nossa frente, que folheava um panfleto com a setlist e os horários; ela apertava os olhos e mexia a mão como se estivesse passando as páginas do panfleto com a mente. eu ri e disse: “então é esse o seu super-poder?” ela me olhou, surpresa por eu ter reparado, e riu comigo. são impressionantes os momentos que dá pra viver se você só presta atenção ao seu redor)

eu quero aprender muita coisa e, ao mesmo tempo, tenho medo de não conseguir aprender mais nada. dizem por aí (não sei quem diz, mas, por favor, imaginem um coro de pessoas iguais falando em uníssono. é assim que eu imagino esse “eles” disforme em qualquer discurso) que vai ficando cada vez mais difícil aprender  à medida que envelhecemos, porque nosso cérebro sai do estágio de desenvolvimento e se consolida como algo totalmente formado, priorizando o que aprendeu na infância, na adolescência, no início da vida adulta. estou estudando espanhol, e tento não pensar muito nisso — é só uma das muitas línguas que eu quero aprender. não penso tanto em competência quanto penso em vontade de entender melhor o mundo e me maravilhar com as diferenças que existem por aí; ao mesmo tempo, pessoas são pessoas em qualquer lugar. me pego formulando uma frase em francês (que comecei a estudar sozinha com um aplicativo. sim, é o duolingo. sim, ele é assustador) e me lembrando da palavra para “também” instintivamente e decido que não vale a pena levar em conta a dificuldade que um adulto sente em aprender: dificuldade a gente tem em qualquer momento da vida. o que me importa é a satisfação em aprender. o que eu quero é me apaixonar por mais uma de muitas coisas.

você já parou pra pensar como seria se nossos dias da semana fossem nomeados como astros celestes, assim como em outras línguas latinas?

às vezes eu só me pergunto.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

blink three times when you feel it kicking in

(ou: um post sem coesão, coerência ou continuidade)

meu deus do céu, que semana maluca!!

ontem eu falei do lançamento mais recente do exo, mas a lorde também lançou o single solar power, que também é o nome do novo álbum que #vem #aí. eu confesso que estou com MUITAS EXPECTATIVAS pro álbum novo, e o pior é que nem são expectativas específicas. eu só espero que seja Muito Bom. fico imaginando como deve ser internacionalmente conhecido e precisar criar uma obra prima atrás da outra, a pressão vindo por todos os lados. que maluquice.

já sobre o single, minhas opiniões foram: lorde foi adotada por jack johnson e tá fazendo surf music HAHAHA mentira. eu gostei do single, porque traz aí uma representatividade pra pessoas felizes que gostam de sol e detestam frio (apesar de não estar rolando ser feliz na conjuntura atual do brasil), mas sinto falta de uma coisa mais revoltada. ou mais animada. ou mais maluca. enfim, veremos o que a cantora lurdes nos trará.

hoje eu fiz uma apresentação pro meu time no trabalho, e falei tanto que saí da reunião até rouca. apesar de ter passado por muito estresse montando a apresentação e definindo os temas e construindo tudo de forma que fizesse sentido e coletando referências (e construindo uma apresentação bonitinha), eu fiquei muito satisfeita com o resultado. eu me cobro muito com entregas teóricas no trabalho, e a sensação de ter feito algo que sinto que entregou tudo(TM) me deixa muito feliz!!! menos uma coisa com a qual me preocupar. agora é passar o fim de semana DEDICADA à zine que estou fazendo pro curso de quadrinhos.

✶ ✶ ✶

fui pegar uns endereços no meu google keep e acabei achando uma nota que eu nem lembrava de ter escrito. ela é assim:

26 de dezembro, 2020


acabei de assistir anne with an e, e me pergunto se a vida não devia ser vivida da forma como eu a vivia antes, com primos no sereno vendo as estrelas e menos preocupações do que tranquilidades. a vida pode ser bonita. e eu posso ser especial — eu sempre fui e sempre vou ser.
***
é bonito pensar no amor pra uma vida. é bonito saber e querer compartilhar com as pessoas que você ama também.
***
é difícil conseguir se abrir com as pessoas quando você tem um medo justificado de que elas irão cortar seu coração com uma faca mais uma vez, só por você ser quem é.
***
ser corajosa absolutamente não exclui o fato de ser frágil.

o pior é que eu nem me lembro do momento em que escrevi esse negócio. só sei que assistir anne with an e me trouxe sentimentos. aí no dia seguinte, tem outra nota:

27 dez 2020 23h23


é muito solitário aqui
estou cansada de ser amada “apesar de”
eu quero só ser amada
incondicionalmente
por quem eu sou
será que algum dia...?

é muito doido como a gente consegue sentir tantas coisas, de forma tão intensa. eu sei que agora estou num estado de espírito muito diferente do que estava no momento em que escrevi essas duas notas, e que isso influencia totalmente a forma como eu interpreto o que tá ali. nem sei, eu só achei esses negócios e quis compartilhar. a graça de escrever é essa — às vezes eu encontro alguma coisa que escrevi e parece que foi escrito por outra pessoa. e, de fato, foi escrito por outra pessoa, porque eu era alguém diferente quando esses sentimentos bateram. é bom saber que eu já fui tantas pessoas que não sou mais, mesmo que eu sinta saudades dessas pessoas todas.

✶ ✶ ✶

esse post tá todo esquisito, mas é assim que a minha cabeça tá nesse final de sexta-feira: pensando em mil coisas, não sabendo exatamente no que focar, planejando coisas pro trabalho e fazendo anotações mentais sobre entregas pro curso de quadrinhos (socorro). vocês tão lembrando de beber água? a gente esquece de beber água no frio, mas o corpo precisa bastante. eu não tenho esse problema, porque fico algum tempo sem beber água e começo a sufocar, é muito maluco.

✶ ✶ ✶

as coisas acontecem muito rápido e uma das minhas encomendas de papelaria já chegou!!! eu comprei duas washi tapes e duas qualidades de adesivos (um com três cartelas pequenas e um outro com vários adesivos de carinhas) e já escrevi uma carta pra usar esses negócios. escrever cartas é bom demais!!! escrevam cartas!!! melhor ainda, escrevam cartas pra mim!!! eu amo trocar cartas!!!

quinta-feira, 10 de junho de 2021

luvas sem dedo ajudam, mas nem tanto

bom dia, boa tarde, boa noite!! fica aí a referência pra quem já assistiu o show de truman (saudades filmes com o jim carrey. vocês lembram daquela época em que absolutamente TODO filme com jim carrey, eddie murphy e steve martin era engraçado e bom?). por aqui a temperatura anda esfriando, e eu ando sofrendo — pois, como deu pra perceber no último post, eu sou adepta do shortinho-de-ficar-em-casa. meus pés estão sofrendo, mas quem tá se acabando mesmo nesse frio são minhas mãos. por que os nossos dedos ficam TÃO GELADOS?? eu queria aquelas luvinhas de esquentar os dedos enquanto você digita, mas fico pensando se adianta alguma coisa usar uma luva sem dedos, se são justamente meus dedos que ficam gelados. e às vezes meu nariz, também.

as coisas por aqui estão corridas — o curso de quadrinhos acaba na terça que vem, eu tenho uma apresentação pra fazer pro time essa sexta e eu estou dormindo tarde e falhando em levantar cedo pra aproveitar as manhãs antes de trabalhar, que é uma das minhas coisas preferidas. parece que eu tenho tanta coisa pra fazer e não faço nada, só assisto modern family e de repente são onze e meia e socorro!! além disso, eu estou um pouquinho muito viciada em um joguinho que instalei no meu celular. nem vou falar o nome, porque drogas pesadas, mas posso liberar a #info de que é um daqueles joguinhos de gerenciamento de tempo em restaurante — estou criando coragem pra excluir, porque DÓI saber que vou perder todo o tempo que investi reconstruindo a cidade com lindos restaurantes... enfim. teve comeback do exo e o clipe tá lindo, o álbum tá uma delicinha e eu fiquei morrendo de saudades dos meus meninos. ser capopeira era uma ótima distração numa época da minha vida que foi bem difícil, então eu ainda nutro muito carinho por esse mundo... e os grupos que eu acompanho são bons demais!! ai ai. enquanto vos falo eu procuro aqui quem foi que me marcou naquela tag de rotina e descubro que foi a gio!

(eu tenho muitas coisas pra falar por aqui e um post nos rascunhos que fala sobre paixões platônicas e amizade, mas cadê tempo? espero que semana que vem as coisas estejam menos malucas e eu consiga vir aqui mais vezes. também escrevi cartas essa semana — duas cartas de seis páginas cada, imaginem a dor nos pulsos depois — e isso me deixa EXTREMAMENTE empolgada. eu amo trocar cartas!! gostoso demais)


minha rotina

eu alterei um cadinho adicionando algumas perguntas. quem criou a tag foi a marina! :^)

eu acordo por volta de sete, oito horas. em dias bons, às seis.

a primeira coisa que eu faço ao acordar é desligar meu despertador. às vezes eu continuo sonhando, e o despertador seguinte vira música de fundo do sonho (acontece com certa frequência). depois disso, eu geralmente pego meu celular (péssimos hábitos) e vejo a webcomic que acompanho diariamente e o twitter.

no café da manhã eu tomo um cafezinho com leite (às vezes quente, às vezes gelado), como pão de queijo ou uma fruta ou um pedaço de bolo ou queijo minas frescal ou um mingauzinho de aveia.

de manhã eu gosto de acordar cedo pra poder levar a manhã com calma e começar a trabalhar tranquila, sem levantar e ir direto pro computador. minha manhã ideal é assim: acordo às seis, tomo um banho, faço café ouvindo música, coloco a mesa, sento pra tomar meu café e faço palavras cruzadas (minha amiga maravilhosa ana me deu um livro de palavras cruzadas com DUZENTAS!!! palavras cruzadas!!! linda maravilhosa perfeita). depois, lavo a louça, tiro a mesa e vou trabalhar — aí normalmente tenho algumas reuniões pela manhã, ou planejo meu dia e começo a fazer as coisas mais prioritárias no trabalho.

eu almoço por volta de meio-dia, meio dia e meio.

no almoço eu como coisas gostosas e coloridas!! geralmente, não dispenso arroz e feijão (hmmm, feijão), cenoura e beterraba, se tiver, tomate-cereja (o único que eu realmente gosto) e um ovinho. às vezes como carne, às vezes não.

à tarde eu gosto de parar pra respirar em algum momento. eu faço home office, então posso encaixar meu treino (que acontece duas vezes por semana) durante a tarde e tomar um banho frio depois. fora isso, tento tirar um momento pra descansar/tomar um café com meus amigos no finzinho da tarde!

todo dia eu faço carinho na minha calopsita maluca. tento não ficar maluca. faço pelo menos uma lista. pego sol, quando tem sol, ou reclamo da falta de sol quando não tem (risos). assisto pelo menos um episódio de modern family (tenho que começar a economizar, porque já tô na metade da sexta temporada).

como forma de me organizar eu uso um caderninho meio bullet journal mas que eu não chamo exatamente de bullet journal. é mais um misto de listas de coisas a fazer durante o dia, listas aleatórias de outras coisas, listas de gastos financeiros, desenhos, post-its com pensamentos e coisa e tal e tal e coisa. já no trabalho, minha vida se baseia na agenda do google.

no jantar eu ...tomo café da tarde! eu normalmente não janto, então tomo aquele cafezinho, como algo gostoso que normalmente é parecido com o café da manhã e é isso aí.

eu vou dormir por volta de onze horas, meia-noite. em dias bons, mais cedo. eu adoro dormir cedo e acordar cedo, hahaha.

aos finais de semana eu levanto um pouco mais tarde, arrumo meu quarto, jogo alguma coisa, estudo e faço cursos, organizo a semana, bebo bastante água, assisto algum filme com minha digníssima, cozinho alguma coisa gostosa com a minha mãe, tomo sol (quando tem sol) (maldito frio!).

o que mais gosto de fazer no meu dia é conseguir terminar o máximo de coisas que eu defini como prioridade, incluindo coisas minhas e coisas do trabalho. nossa, que delícia é riscar vários itens de uma lista. às vezes eu risco só um e minha vida parece um delírio coletivo!! mas também gosto muito de passar momentinhos ao sol, ou de ter alguma conversa empolgada com minha amiga lu (amiga, bom dia!). não sei se tenho uma coisa favorita, mas tem dias que são gostosoS por uma combinação de fatores. (?)

✶ ✶ ✶

bom, é isso aí!! eu não vou indicar ninguém porque esse é meu jeitinho, mas quem quiser fazer pode ficar à vontade. e me dei conta de que meus dias são meio monótonos. 

e que eu fico rabugenta no frio.

ó ceus, ó vida.

domingo, 6 de junho de 2021

faz anos que eu não uso o photoshop, na moralzinha

olá, queridos leitores, eu sumi!!! se é que dá pra chamar de “sumir” quando eu só não postei por alguns dias depois de postar quase todo dia, né. a última semana foi completamente maluca — arranja problema, resolve problema, manda mensagem pedindo socorro pra psicóloga, estuda, faz curso, fica atrasada com entregas, faz um negócio que supostamente era difícil em uma sentada só, faz tudo sozinha porque ninguém-vai-fazer-direito, chora, chora mais um pouco, chora de novo, ri um bocado, começa a ler um livro novo... bom. é. vocês podem imaginar. acho que eu só estava com muita coisa na cabeça, e não consegui achar um espacinho pra organizar de modo que fizesse sentido e viesse pra cá. a parte boa é que tudo isso já passou, meu curso de quadrinhos tá quase acabando (e eu tô: 1. atrasada e 2. pensando em mudar meu projeto final. RINDO DE NERVOSOOOO) e em breve estarei mais tranquila, ou assim espero.

ontem eu escrevi uma carta de seis páginas pra sarah e minha caneta preta começou a acabar, o que me deixou em pânico por um lado, mas animada com a ideia de COMPRAR MATERIAL DE PAPELARIA por outro. realizei o desejo da compra própria no site da a.craft, mas aí o negócio começou a estornar minha compra. toda. vez.

às vezes eu acho que essas coisas só acontecem comigo, mesmo sabendo que não. ai, ai! dor.

bom, é isso. passei aqui pra perguntar se vocês têm boas indicações de sites que vendam canetas nanquim e material de papelaria, e também pra responder à tag da van, na qual ela me marcou!! obrigada, van!! meu deus, eu me sinto a criança nova que fez amigos no jardim de infância. vocês me desculpem, essa emoção não vai passar tão rápido.

a tag é tipo aquele post do twitter “quatro livros pra me conhecer”, só que aqui a van foi muito mais perspicaz e trouxe mais opções de coisas, porque pelamordedeus, né. a regra é responder com imagens, sendo que em “livros” dá pra usar mangás e quadrinhos, e em “filmes” dá pra usar séries. sem mais delongas, vamos lá!!


4x4

4 livros pra me conhecer

meu jesus amado. queria começar dizendo que tava saindo FUMAÇA dos meus ouvidos enquanto eu fazia essa montagem, porque eu não sabia QUAIS coisas escolher. mas taí: um livro pra chorar até desidratar, um livro que tá no fundo do meu coração, o primeiro de uma série extremamente engraçada e meu mangá bobão nonsense favorito. eu também poderia colocar qualquer coisa da meg cabot aí, porque minha vida não seria nada sem o diário da princesa, mas fica aí como um extra!!

4 filmes pra me conhecer

NOVAMENTE!! MEU DEUS DO CÉU!! segui a mesma lógica e mandei meu filme de chorar, um que tá no meu coração, um musical (não podia faltar, eu amo musicais) e... outro musical. mas high school musical entra na categoria FILME ADOLESCENTE, que é outra coisa que eu amo muito.

4 memes pra me conhecer

eu nem tenho o que dizer. minha alma derramada aí pra vocês. mas uma curiosidade: eu referencio mais memes falando do que usando imagens, hahaha.

4 peças de roupa pra me conhecer

gente, que mané tênis e calça jeans. meu negócio é um bom shortinho de ficar em casa, uma blusa de alcinha, uma chinela havaianas e, se estiver frio, uma meia bonita. roupa de ficar em casa supremacy!!

não ia indicar ninguém porque acho que todo mundo já foi indicado/fez, mas vou indicar a nic e a vit! adorei essa tag. fiquei pensando que eu tenho muito MEDO de esquecer de alguma obra que me defina muito bem (kkkkk?), porque minha memória é maluca. mas é isso!! me peguei às dez horas de um domingo fazendo gifs depois de trocentos anos sem abrir o photoshop!!! momentos.

© arantchans • template por Maira Gall, modificado por mim.