olá pessoas!!
esses dias (o que quer dizer “em algum momento dos últimos meses”) eu estava
pensando se escrevia pra mim, mesmo, ou pra falar com outras pessoas. tenho
quase certeza de que já falei disso aqui, mas pra mim é meio que os dois: às
vezes eu quero botar um monte de coisa pra fora do meu sistema sem precisar de
nenhuma resposta, e às vezes eu quero falar especificamente com as pessoas que
existem nesse mundinho e que me fazem bem. daí eu penso: será que faz tanta
diferença assim, o motivo pelo qual a gente escreve? se escrever em si já quer
dizer tanta coisa pra mim, não faz diferença se eu busco uma opinião ou se só
despejo várias palavras que não cabiam mais dentro da minha cabeça.
dito isso: bom dia!
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o ano começou e nem parece; será que a gente inventou essas datas de renovação
para que tudo não pareça sempre mais do mesmo? eu fico pensando que o ano novo
quase sempre não tem nada de novo, só é uma noite em que eu sinto a ansiedade
enquanto tento me sentir renovada, diferente, e busco entender o que
exatamente devia sentir no ano novo. às vezes é só pra ser um feriado no qual
a gente não trabalha e, se tiver sorte, emendar o fim do ano com o natal. por
mais que eu tente ser (ou apenas me sentir) diferente, eu sou sempre a mesma —
acho que mudo menos de-uma-hora-pra-outra, e mais a passos de besouro; não
posso ter um instante de renovação, porque a renovação é tão constante que é
quase difícil percebê-la se eu não parar e apertar bem os olhos. tipo quando a
gente pensa em como era há três, cinco, dez anos, e se surpreende porque era
diferente demais e, ao mesmo tempo, nem tão diferente assim. é tudo muito
subjetivo.
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meu aniversário é em janeiro, no dia vinte e três. fiz alarde em todos os
cantos que pude pra lembrar as pessoas dessa data de renovação (que pra mim
faz muito mais sentido, já que é um dia em que a gente sente que o mundo tá
ali pra agradar a gente! só vantagens): contagem regressiva no instagram (que
reativei só pra isso), nas reuniões diárias do trabalho, todo dia um “faltam
tantos dias pro meu aniversário” à mesa do café. apesar de ser uma data mais
interessante do que o ano novo, na minha humilde opinião, é outra data que me
traz alguma ansiedade por não saber exatamente o que eu quero. ganhar
presentes? ganhar a atenção das pessoas queridas pra mim? me sentir querida?
lembrada? sempre acabo ficando chateada quando alguém de quem gosto muito se
esquece do meu aniversário, sempre acaba acontecendo algo que me chateia nesse
dia. talvez porque eu ache que o universo devia se virar pra me deixar feliz,
qualquer desvio dessa regra me deixa triste — mas a tristeza também é um
sentimento no mínimo interessante pra se ter no aniversário. minha mãe bateu
panela cantando parabéns à meia-noite, eu acordei na hora do meu nascimento
pra me dar um abraço de parabéns, e tive meu segundo aniversário consecutivo
com o tema “galinhas” (pra quem não sabe, eu amo galinhas). soltei
bolhas de sabão pela janela de casa, assisti filmes com a minha mãe e
cochilei.
por mais que eu tenha me chateado com isso ou aquilo, foi um bom dia.
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sim, isso são duas galinhas em cima do bolo. não, eu não lembrei de tirar foto só dele :') |
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enviei cartas que estava pra enviar há um tempão e não tinha conseguido,
porque a peste me alcançou (não se preocupem; meu teste deu negativo pra
covid, mas positivo pra bonita). estou com saudades de cartas chegando pelo
correio, mas tenho que fazer minha parte, né? recebi um livro muito fofo da
van de presente, assim, do nada, o que prova que às vezes a gente encontra
pessoas muito queridas muito por acaso, mesmo. queria sair e caminhar pelos
bairros arborizados da cidade. queria caminhar por aí à luz do luar (e dos
postes urbanos) sem me preocupar com nada além de, bom, talvez não ser
assaltada. estou com saudades de muitas coisas e nem consigo enumerar todas,
mas essa é uma constante na minha vida, eu acho — a gente vai envelhecendo e
passando a sentir saudade de muita coisa. amanhã vou na imobiliária pegar
algumas chaves pra começar a visitar apartamentos, porque vou me mudar até o
meio do ano, se tudo der certo — socorro! —, e algo que sempre me
surpreende é como a gente pode, ao mesmo tempo, querer tanto e ter tanto medo
de mudanças. nesse caso, literalmente.
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tenho quase certeza de que a minha vitamina D está baixa, porque tenho me
sentido tão sem forças que nem sei. eu já estava com deficiência da bendita,
mas meu suplemento acabou e cá estamos nós. tenho passado por períodos bem
desanimados (creio eu que parcialmente por culpa dessa vitamina aí), mas
ultimamente tenho me sentido mais bem-disposta. estou reaprendendo a ler as
horas rápido no relógio de pulso analógico que ganhei de presente, mas sempre
me embolo fazendo a conta dos minutos. comprei alguns óleos essenciais e uma
das minhas felicidades têm sido cheirar o aroma de laranja doce durante todo o
dia, no meu colar difusor. se vocês quiserem sentir o cheiro da felicidade,
cheirem o óleo essencial de laranja doce. o negócio é mágico — um cheiro
azedinho, gostoso, de árvore em dia de sol, e ao mesmo tempo de laranjinha
sendo descascada e cortada pra você comer. o negócio é sem condições. voltei a
fazer exercícios depois de uma pausa de um mês do fim do ano passado pra cá, e
fiquei dolorida por uns 3 dias no segundo treino. por que é que a resistência
muscular não pode se manter sozinha??? mas tudo bem, a gente malha é pra ficar
que nem a luisa de encanto.
✶ ✶ ✶
tava com saudades. tô sempre com saudades. espero que vocês estejam bem — se
cuidem, tomem sol (se possível) e façam carinho em animaizinhos! um beijo e um
cheiro (de laranja doce!) ♥