eu tenho a impressão de que falar de sentir falta de me apaixonar é um dos meus tópicos mais frequentes por aqui — se não por aqui, na minha cabeça. parece que muita coisa ainda ficou meio anestesiada nesse meio-tempo em que... bom, na verdade eu nem sei que “meio-tempo” é esse. só sei que sinto falta de fazer e querer e sentir coisas que também me faziam sentir viva. acho que eu tropecei numa pedra e fiquei presa naquele momento em que você sente o corpo caindo e não sabe se só vai de cara no chão ou se seus reflexos vão ser rápidos o suficiente pra você conseguir se manter no mesmo rumo, meio que um estado de suspensão. e a coisa é que eu não sei o que é melhor: o tombo ou a corridinha disfarçada.
uma das coisas que me fez pensar isso foi heartstopper. vocês assistiram heartstopper? meu deus, que série. que quadrinhos. que tudo. e, principalmente, que saudades de estar num lugar procurando outra pessoas e sentir o coração dançando lambada com toda a emoção e expectativa.
ao mesmo tempo, eu vejo gente postando pela internet a paixão e o amor e sinto um pouco de... medo? medo, eu acho. receio dessa coisa de se entregar completamente, apesar de ser bem adepta dessa ideia. acho que não só anestesiada, eu fiquei um pouco receosa de muita coisa, também. mas que graça tem o amor se não é intenso? ou será que eu associo amor a uma constante de coisas acontecendo e ele não precise ser assim?
talvez nada disso faça sentido. só sei que sinto falta de olhares com significado, de pegar chuva num festival, de rir até chorar com meus amigos, de sentir que estou feliz, realmente, verdadeiramente feliz.
(não é que eu não esteja. é só que não exatamente.)
p.s.: há 1 ano, eu postava aqui pela primeira vez. parabéns!!!
não sei se fico feliz ou triste por me identificar tanto com o seu texto, amiga. também sinto que a minha vida está em suspenso e que não consigo ser (exatamente) feliz. como é difícil ser adulto né? também assisti heartstopper esses dias e me deu uma saudade de sofrer e viver o amor na adolescência, porque pelo menos ele era intenso e mesmo que desse errado não era um atestado de desilusão total. hoje eu sinto muito medo de qualquer envolvimento, e penso se sou eu que estou quebrada e sem chance de conserto. mas enfim, espero que o tempo e a terapia (kkkk) me ajudem a achar respostas pra isso (que é meio o que você disse no outro texto que publico esses dias).
ResponderExcluirai, amiga... rindo de nervoso. hoje na terapia eu disse a exata frase "ser maduro é uma merda", e é real, né? terque encarar as coisas com serenidade ou no mínimo com paciência e aceitar o sofrimento a curto prazo pra ficar bem no longo prazo... não é fácil não. às vezes eu penso que eu queria só espernear pra tentar conseguir tudo o que eu quero kkkk :')
Excluireu ando reparando que sinto falta dessa paixão no geral, uma paixão pela vida — que acaba sendo pelas pessoas, também. e essa anestesia na qual o combo vida adulta + pandemia colocou a gente não deixou as coisas mais fáceis. mas vamo tentando, né, afinal não tem outro jeito. terapia nelas!!! (nós somos elas) <3
Eu to atrasada pro aniversário do blog, será se ainda tem salgadinho?
ResponderExcluirEu li seu texto e a primeira coisa que vinha na cabeça era sobre se apaixonar mas não por pessoas, daí tu tira meu nível de interesse nisso k. Na verdade é porque associei a coisas que me deixam felizes e que é partilhada com várias pessoas que amo e são apaixonante, independente de ser romanticamente ou platonicamente.
Acredito que a gente não sabe de relacionar mesmo, quanto mais adulto fica, vão surgindo mais coisas a se perder que não existiam na escola. Tudo era válido, mesmo que as perdas parecessem o fim do mundo, não eram de fato. Diferente de agora em que vc de fato põe a perder o pouco que construiu a nível material, emocional, psicológico...Nossa já num to falando nada com nada, nem tem espaço aqui pra falar sobre isso de tão extenso que é o assunto... Sorry por desviar o tema...
Mas ta complicando e a pandemia complicou mais.
Ps. Eu nao vi ainda a série, mas ta nos planos, um dia acontecerá.
vou te dar aquele pratinho de plástico com um pedacinho de bolo e três docinhos pra levar pra casa, com outro pratinho de plástico por cima!! hahaha 🍰
Excluirno fim das contas, essa paixão que eu falei é sobre isso mesmo — não so sobre uma paixão romântica, mas meio que se sentir apaixonado por... tudo? pela vida, pelas coisas, histórias, pessoas, também, mas de todas as formas possíveis. acho que eu tenho me sentido anestesiada demais pra conseguir vivenciar essa paixão, e o que mais me traz essa sensação de volta acabam sendo livros ou filmes e séries, e eles costumam ser sobre o amor romântico, daí... né. não que eu não sinta saudade desse, também. e, realmente, algumas relações vão ficando mais difíceis quando a gente envelhece — a gente agrega certos valores a elas e fica muito difícil se desvencilhar desses valores quando as relações se desgastam. e toda perda parece muito maior do que pareceria antes... acho que a gente se dá mais conta do peso que as nossas ações e emoções têm, talvez? nem sei hahaha
beijocas, lana!! sempre bom te ver aqui <3