segunda-feira, 21 de junho de 2021

coisa demais, tempo de menos

há 23 abas (tirando essa) abertas no meu navegador, e minha cabeça pensa tão rápido em um milhão de assuntos que eu sei que mal vou me lembrar da metade quando conseguir terminas de escrever essa presente frase. não sei exatamente o motivo de sentir uma necessidade enorme de escrever alguma coisa, mas ela chega — e quando chega, eu prefiro não ignorar.

ultimamente, tenho escutado músicas que não foram escolhidas por mim, naquele esquema de ouvir alguma coisa no spotify e deixar que ele coloque outra música que se pareça com a anterior, e por aí vai. eu sinto falta de ouvir músicas novas, e isso é o mais perto que consigo de ouvir uma estação de rádio (mesmo que essa estação não tenha propagandas, ou programas, ou a possibilidade 50/50 de tocar algo que eu não goste, já que o rádio não se baseia no meu gosto). isso é bom, porque eu tenho descoberto músicas novas que entraram pra minha playlist de 2021, mesmo que eu não ouça a playlist de 2021, já que só ouço a rádio da música astronomy, do conan gray.

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não sei exatamente como, mas acabei com trocentas abas abertas de blogs, newsletters, canais de receita no youtube e links de livros na amazon. entre clicar em links de newsletters, cair em perfis de pessoas nos comentários de blogs alheios e simplesmente viver a vida na internet pulando de hiperlink em hiperlink, li sobre livros (que fiquei com vontade de ler), receitas (que fiquei com vontade de fazer) e coisas que alguém, assim como eu, precisou parar tudo pra escrever o que girava na própria cabeça, como se nós fôssemos algum tipo de máquina de lavar complicada em que, ao invés de lavar roupas, só joga pensamentos pra lá e pra cá. li sobre morte, sobre luto, li sobre como fazer pra viver nos dias em que vivemos e, assim como eu desconfiava, já mal me lembro o que tudo isso me fez ficar com vontade de escrever.

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devido a acontecimentos que, se eu contasse, pareceriam frutos da minha imaginação — e que eu não quero contar pois tendo a fazer tudo parecer cômico, e se tem algo que eles não são é cômicos —, eu dormi feito um passarinho assustado essa noite: acordando com qualquer barulho esquisito, tomando susto, abrindo a janela pra olhar a rua e ver se não tinha nada acontecendo. minha vida, de tempos em tempos, se torna um misto de raiva, nervoso, tristeza, angústia e meu-deus-eu-não-sei-o-que-fazer, e meu fim de semana foi desse jeitinho. me peguei criando situações na minha mente em que eu queria socar uma pessoa, mas aí eu mesma sabia que isso não ia dar em nada (sem contar que eu não quero realmente socar ninguém), mas aí... o que mais eu podia fazer? o que a gente faz quando uma situação não depende de você, mas quem pode fazer algo a respeito não faz nada? decidi que, se querem me deixar maluca, eu vou ser maluca. querem fazer da minha vida um inferno? vou ficar virada no capeta. vamos ver onde isso vai dar.

(ainda bem que tenho terapia essa semana)

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ontem fiz uma receita do blog da aline, o creme de abóbora com gengibre — só que minha receita não foi bem um creme, e sim um caldo, eu deixei a casca da abóbora e por isso o negócio ficou verde, e eu coloquei um monte de páprica doce e curry pra dar uma incrementada no sabor. sabia que páprica é feita de pimentão desidratado? fica aí mais uma das curiosidades aleatórias da vida pra vocês.

voltando ao assunto, o creme — digo, o caldo — deu muito certo e ficou uma delícia. o que não deu tão certo assim fui eu colocando uma colherada quente demais de caldo na boca, o que resultou em uma arantxa desesperada sem saber o que fazer e que acabou engolindo o negócio pra parar de queimar a boca toda. resultado: queimei a garganta, e hoje a bichinha tá toda sensível. mas como o caldo ficou perfeito, vou dizer que valeu a pena. mais ou menos.

✶ ✶ ✶

me peguei querendo voltar a ler — influência de letícia e vanessa, muito provavelmente. sinto saudades de ser uma pessoa que lê e tem outras histórias além da própria pra poder se distrair nas horas vagas. decidi que vou juntar todos os livros que ainda não li, fazer uma pilha, e ler um a um. vai que.

13 comentários

  1. Ter um zilhão de abas abertas e não absorver quase nada delas é um mal desses tempos corridos que a gente tá vivendo.

    Conheço músicas novas bem assim também, graças às recomendações do Spotify. Às vezes ele acerta kkkk

    Testei a receita da sopa de batata, couve e espinafre do blog da Aline e ela também tá aprovada. Agora quero fazer esse creme de abóbora!

    Tô me sentindo A influenciadora literária agora kkkk Acho que a gente precisa marcar uma maratona literária entre blogueires, e registrar tudo nos nossos blogs! XD

    Espero que a terapia te ajude com todas essas questões que você comentou! Fique bem <3

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    1. pior que às vezes eu abo pra não esquecer da coisa e no fim doa dia nem sei em qual momento aquela aba sumiu. HAHHAHAA

      aline simplesmente nossa guru culinária. aline, volte pra nós com mais receitassss!!!

      por falar em influenciadora literária, adivinha o que chegou aqui em casa ontem pelo correio??? hihihi

      beijo, van!!

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    2. Fiz o creme de abóbora! Ficou bom!

      VOU TE MANDAR UM E-MAIL \o/\o/

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  2. também possuo milhares de abas abertas contendo várias informações das quais a maioria não irei lembrar, triste fim.

    nunca mais conheci músicas novas, preciso traçar isso como uma meta sksksksk

    amo abóbora! fiquei com vontade cozinhar agora.

    xiss onde fica para seguir o blog? sempre fico procurando e nunca acho :(

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    1. ai, as abas abertas.... às vezes eu abro alguma coisa pra não esquecer de ler, a aba se perde e eu não leio coisa nenhuma kkk

      eu amo conhecer músicas novasss!! mas é difícil, eu tenho que estar no clima pra ouvir e prestar atenção. o mais comum é eu ouvir uma música, um álbum ou um artista em loop HAHAHA

      coloquei um link pra seguir o blog na barra lateral!!! me diz depois se ele funcionou :^) beijos, gi!!

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  3. gosto muito de descobrir músicas e também de redescobrir músicas antigas, que é o que mais tenho feito ultimamente, na verdade. e gosto muito de cozinhar também, inclusive de cozinhar ouvindo música. sobre a abóbora, mais especificamente a cabotiá, hoje mesmo farei uma sopa com metade de uma e alguns legumes! e faz bem seguir escrevendo! um abraço.

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    1. redescobrir músicas antigas é uma delícia!! eu tenho playlists pra cada ano, e às vezes faço playlists com todas as músicas que eu gosto de determinados artistas. revisitar o que a gente gosta é muito gostoso <3

      fiz o caldo com a cabotiá mesmo!!! espero que sua sopa tenha ficado gostosa, aqui ficou uma delícia. beijo!

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  4. me identifiquei tanto com a primeira parte do post. minha cabeça também não para, são quinhentas abas abertas, e eu não consigo ler mais que 3 linhas de cada aba por vez. vai ficando tudo pra depois, chega no final do dia e eu fecho várias abas que nem li e ficaram comendo a memória ram do pc, yay!

    eu tô sempre ouvindo música nova, vicio por uma semana e fico repetindo, mas logo preciso conhecer músicas novas de novo e por isso o spotify é uma mão na roda!

    terapia é mó bom quando a gente tá no meio do caos, né? traz um alívio... ♥

    beijinhos!

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    1. masha do céu, eu fico que nem barata tonta mudando de uma aba pra outra sem saber exatamente o que ler o que fazer o que PENSAR *bate com a cara na parede*

      o spotify tem me mandado muita música boaaaa, isso me deixa feliz demais <3

      ai, a terapia foi hoje e foi muito bom!!! eu já tô num nível que dá pra lidar com as coisas, mas é sempre bom poder fazer aquela fofoquinha consciente com a psicóloga HAHAHAHA

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  5. ai que coincidência tava vendo o vídeo da meus cafés (vulgo manie) e ela falou exatamente sobre isso, achei muito coincidência ter visto o vídeo logo hoje e ter lido você logo hoje também. haha

    é sobre isso, sabe? ás vezes parece que tá tudo muito acelerado e a gente se esforça muito pra ir no mesmo ritmo que a internet. é doido e ás vezes queria só jogar o roteador pela janela e sair por aí, andar nos mato da vida.

    que bom que seu spotify tá te recomendando coisa nova e legal, eu amo, o spotify é danadinho sempre me fazendo amar mais ele.

    acho que por hoje já chega, eu tava lendo e de repente tava em outras abas e voltei horas depois. pra tu ver, né...

    <3

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    1. a manie é maravilhosa!!! acho que tem muita gente se sentindo assim, e isso faz muito sentido psicologicamente falando, pelo menos quando a gente pensa na absorção da informações e na quantidade de informações que chega pra gente hoje em dia. e esse pensamento já tá marinando na minha cabeça faz bem mais que um ano de pandemia — tem muita informação por todo canto e existe uma expectativa de que a gente absorva muito mais do que a gente consegue. na época da faculdade, eu tinha um grupo de estudos em que a gente chegou a discutir justamente a transformação da nossa existência online: antes o online era fisicamente separado de nós (com os computadores), e agora estamos online a todo tempo, com os smartphones e a internet. queria poder chegar a uma conclusão que me trouxesse uma solução pra isso :^(

      (ou talvez a solução seja mesmo jogar o roteador pela janela e viver sentindo cheirinho de mato e de café no meio do nada)

      me leia sabendo que não precisa lembrar de nada, porque eu sou daquelas pessoas que esquecem o que já disseram e se repetem o tempo todo. hahaha

      <3

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  6. eu estou passando por uma fase péssima com a música. não aguento mais conhecer e gostar de uma banda, e depois descobrir que algum integrante é babaca. não aguento mais descobrir que bandas que eu ouço há anos tem um integrante babaca. agora tô muito mais atenta a isso e é ótimo e triste ao mesmo tempo, aff.
    no momento, tem um milhão de abas abertas na minha cabeça kkkkk. as várias abas abertas no computador me ajudam a botar ordem em tudo isso. ler sobre os pensamentos dos outros ajuda a destravar os meus.
    você disse... receita? kkkkk eu não posso ver uma receita! não só de bolos são feitos meus finais de semana kkkkkk. obrigada, aline! anotado!
    AAAAAAAAAAAAAAAA eu amei que fui citada!
    a pilha é uma tática que funciona, porque ela fica te encarando e julgando tipo “não vai me ler não, pu-ta?” (desculpa pelo meme antigo) kkkkkkk
    beijão!

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    1. nossa, eu já passei por isso. parei de ouvir alguns cantores por isso :^( fica aí a indicação de death cab for cutie se você gostar, é minha banda favorita e são só uns jovens emo de 50 anos de idade kkkk

      ler as pessoas falando de sentimento dá uma destravada, né? eu gosto também. desamarra o coração saber que a gente não tá sozinha sentindo esses sentimentos difíceis.

      eu acho que você devia compartilhar suas receitas de bolo com a gente mais vezes, aliás!!! mesmo que não sejam acompanhadas de temas literários. kkkk

      olha, eu não tô lendo é nada ultimamente, mas é mais pela falta de tempo. hoje eu sentei um bocado e li metade do livro que a vanessa me deu de presente!!!! muito feliz. (LJISNHDÇGLNÇGLSKDN LI NO TOM DE VOZ DO MENINOOOOO)

      beijo, lê!!

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