segunda-feira, 14 de junho de 2021

na minha cabeça faz sentido (mas só às vezes)

quando eu era mais nova e estava lendo a série de harry potter pela primeira vez (ai, que saudade de me apaixonar por tudo pela primeira vez e esperar por um livro o no inteiro só pra devorar o coitado em algumas horas de leitura quase ininterrupta), não conseguia ler a palavra “incrédula”. aliás, não é que eu não conseguia — pra mim, ela era uma palavra diferente. indrécula. algo que, por motivos que jamais saberei dizer, fazia sentido pra mim, porque “indrécula” era muito mais bonito pra se dizer do que “incrédula”. assim como, em algum momento da minha infância, eu concluí que “cérebro” podia até ser o certo, mas “célebro” era muito mais legal.

não sei exatamente o porquê de me lembrar disso agora, mas aconteceu. o primeiro aviso que meu calendário me dá na segunda-feira é um evento que eu mesma criei, chamado “ler/organizar e-mails”; e, mesmo que esse lembrete não tenha nada demais (eu só não gosto de ficar com a caixa de entrada cheia de coisas pendentes), às vezes ele me traz uma certa paz. meia hora do meu dia dedicada ao que eu quiser, mesmo que a agenda diga que eu estou lendo e organizando e-mails.

planejamento é uma coisa engraçada. enquanto pessoa ansiosa — geralmente ansiosa por alguma coisa empolgante ou pra contar alguma surpresa a alguém ou pra receber alguma coisa pelo correio, mas clinicamente ansiosa, nesse caso — eu me pego planejando o dia pra não chegar ao fim dele e ter me distraído o suficiente a ponto de não fazer nada que devia. eu não sei em que momento eu passei a incluir meus afazeres do trabalho na lista que me guia todo dia (antes ela era muito vazia), mas às vezes me questiono o quanto o que eu faço pesa na balança de importância da minha vida; em seguida, me pergunto: será que esse negócio de balança de importância sequer existe? eu penso que quero ser uma boa profissional, mas não quero ser conhecida pelas coisas que faço pra ganhar dinheiro, por mais que goste delas. queria sempre que as pessoas se lembrassem de mim como uma doidinha na internet que é gentil e gosta de coisas meio esquisitas e fala de cu de vez em quando. i wish i’m just a doido da internet to you. ao mesmo tempo, tento dar conta do peso de ser uma boa profissional e não cair nas garras do pensamento capitalista — eu quero trabalhar com algo que não seja doloroso, mas não quero me reduzir a isso; quero ser uma boa profissional, mas não estou disposta a gastar todo o meu tempo pensando na minha função, me especializando, lendo a respeito, me comparando com outras pessoas. dentro dos meus privilégios de poder fazer isso, eu quero uma existência que não me deixe exausta de cada coisa que eu escolho fazer.

eu me dou muito bem com regras de gramática, mas faço escolhas que encaixam melhor com a pessoa que eu sou. letras maiúsculas não são comigo (só de vez em quando), e a palavra “para” é rara demais no meu vocabulário do dia-a-dia para que eu a inclua nos meus escritos informais. talvez em alguns momentos ela se encaixe melhor, mas quase nunca — eu gosto de escrever quase como se estivesse falando, e vai ver é por isso que eu gosto tanto de clarice lispector e de quem escreve em fluxo de pensamento. vai ver é por isso que eu gosto tanto de escrever cartas, porque existe uma infinidade de coisas em que eu consigo pensar a partir de uma frase ou uma palavra sem a pressão de enviar a mensagem antes que a outra pessoa comece outro assunto numa janelinha dentro de uma tela.

eu sinto falta de abraços. fui eleita (de brincadeira, mas ainda assim um título do qual me lembro com carinho e uma risadinha interna) o melhor abraço da minha turma do ensino médio, e me lembro do dia em que um monte de gente fez uma fila pra me abraçar. eu sou uma pessoa que gosta de abraçar, segurar a mão, conversar rindo — é difícil viver sem a perspectiva de quando poderei abraçar meus amigos, e conhecer pessoas novas, e abraçá-las de novo. eu me lembro de 2018 (provavelmente a época em que eu mais saí na vida) (ou não, minha memória não é das melhores) e de um amigo que gostava de abraços e que segurava a minha mão sem nenhuma outra intenção. eu me lembro do carinho. dia desses eu li na internet (é tão engraçado dizer “li na internet”, como se ela fosse uma sopa de palavras na qual eu pesquei uma frase ou outra — neste caso, eu li no twitter, mesmo) que ian mckellen deu um toque ao elijah wood e àquele outro jovenzinho no set de senhor dos anéis para que os dois segurassem as mãos em determinado momento do filme, porque no livro sam e frodo dão as mãos, e os leitores esperariam por isso. ignorando todas as discussões sobre romance-ou-não-romance, fico me perguntando quanto da sexualização da intimidade é culpa da construção da sociedade em que vivemos. em uma reviravolta bastante previsível, no meu caso, só me pergunto isso porque queria viver em um mundo com mais carinho que existe só por existir, desatrelado de qualquer outra intenção. carinho é a forma física de sorrir pra alguém que se gosta. eu sinto falta de me apaixonar — por coisas, por amigos, por pessoas, passatempos, por bichos, por dias, por cores no céu. por músicas. a paixão é a combinação de um amor intenso com uma empolgação que faz o peito doer de um jeito bom, o sorriso que continua mesmo depois de você ter deixado de pensar em algo, ou em alguém, porque o sentimento dura mais do que o pensamento permanece em foco. sinto falta de fazer novas amizades, sinto falta de sair com meus amigos e dizer a desconhecidos, levemente embriagada, que eles deviam se dar mais crédito e que ainda seriam muito felizes na vida. seriam não, serão. sinto falta de fazer amizade com garçons.

no festival que fui com amigos e no qual passei o primeiro dia quase-inteiro junto com minha agora namorada, então menina-que-eu-gostava (quem precisa de títulos?), tenho quase certeza de que vi um moço com uma tatuagem que dizia "sentimentos radicais" no antebraço, do cotovelo ao pulso. à época, nomeei minha playlist daquele ano com a frase. hoje, me pergunto qual fonte e qual lugar seria o melhor para tatuar algo que me define — assim como a frase “lindinha, megalomaníaca”. é difícil sentir tudo muito. é difícil querer o mundo quando a gente sabe que não pode abraçá-lo, mas um pedaço de toda a felicidade do mundo nunca é de menos, mesmo quando a gente quer demais. mesmo quando a gente sente demais.

(nesse mesmo festival, eu e amanda olhamos por cima do ombro de um pessoa à nossa frente, que folheava um panfleto com a setlist e os horários; ela apertava os olhos e mexia a mão como se estivesse passando as páginas do panfleto com a mente. eu ri e disse: “então é esse o seu super-poder?” ela me olhou, surpresa por eu ter reparado, e riu comigo. são impressionantes os momentos que dá pra viver se você só presta atenção ao seu redor)

eu quero aprender muita coisa e, ao mesmo tempo, tenho medo de não conseguir aprender mais nada. dizem por aí (não sei quem diz, mas, por favor, imaginem um coro de pessoas iguais falando em uníssono. é assim que eu imagino esse “eles” disforme em qualquer discurso) que vai ficando cada vez mais difícil aprender  à medida que envelhecemos, porque nosso cérebro sai do estágio de desenvolvimento e se consolida como algo totalmente formado, priorizando o que aprendeu na infância, na adolescência, no início da vida adulta. estou estudando espanhol, e tento não pensar muito nisso — é só uma das muitas línguas que eu quero aprender. não penso tanto em competência quanto penso em vontade de entender melhor o mundo e me maravilhar com as diferenças que existem por aí; ao mesmo tempo, pessoas são pessoas em qualquer lugar. me pego formulando uma frase em francês (que comecei a estudar sozinha com um aplicativo. sim, é o duolingo. sim, ele é assustador) e me lembrando da palavra para “também” instintivamente e decido que não vale a pena levar em conta a dificuldade que um adulto sente em aprender: dificuldade a gente tem em qualquer momento da vida. o que me importa é a satisfação em aprender. o que eu quero é me apaixonar por mais uma de muitas coisas.

você já parou pra pensar como seria se nossos dias da semana fossem nomeados como astros celestes, assim como em outras línguas latinas?

às vezes eu só me pergunto.

12 comentários

  1. acho muito incrível como você consegue muito facilmente entrar na minha cabeça e mostrar filmagens das coisas que você escreve. são vidas inteiras, parece que você viveu mais do que o tempo. sabe aqueles 'document your life' (que acabei de desenterrar de não sei lá quanto tempo atrás) que colocam no youtube? é tipo isso. só que o seu é tão mais 'alguma coisa'. não sei bem o que é. talvez você seja uma viajante do tempo-espaço, tipo doctor who.

    se eu comentasse tudo que você disse daria 5 páginas de comentário, mas assim... que coisa doida ter te encontrado na internet, que incrível.

    obrigada por existir, é isto.

    fiquei querendo te mandar uma imagem de uma tabelinha de dias da semana em japônes, mas vou te dizer que queria muito que os nomes fossem como os significados (que se parecem muito em diferentes culturas por sinal).

    ontem foi o dia do sol, hoje é dia da lua, amanhã é dia do fogo, quarta é dia da água... :)

    magina só dizer que todo dia da água preciso lavar roupa? AKJSKJA (eu realmente faço)

    beijos, xisss <3

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    1. acho que esse foi um dos elogios mais bonitos que eu já recebi pela minha escrita :'))) guardando aqui numa caixinha. eu adoro isso de parecer que a gente já viveu vidas inteiras porque, de fato, já vivemos, né? hahaha

      que coisa doida eu ter te encontrado, também. que sorte a nossa! <3

      olha, pra começar: você fala japonês??? se sim, achei muito chique. se não, achei chique você saber os dias da semana, de todo jeito (mas eu vi que tem uma frase/palavra em japonês ali no seu blog, então chuto que você saiba um pouquinho. chique demais!!!!). imagina só: no domingo você pega um solzinho, na segunda dá um mergulho no mar, na terça assa algo no forno, na quarta lava a roupa---
      (tô me divertindo aqui pensando em tudo isso)

      beijo, nic!

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    2. ai sério? que bom que gostou do elogio, pois é verdade aksjaksa. eu sei que você que achou meu blog primeiro!!! dei os créditos, viu? :D

      e ai amigue, eu não falo japonês D: fiz algumas tentativas de estudar sério, mas fiquei só nos animes. é como você indiretamente disse: uma coisinha aqui e acolá, a gente vai aprendendo coisas novas.

      muito legal né? fiquei querendo o dia do mar, na minha cidade não tem praia aksoaksoak vou ter que ir de chuveiro mesmo.

      bejoo

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  2. Indrécula me lembra Drácula -q kkkk ODEIO caixa de entrada bagunçada, sempre tô arrumado a minha.

    Engraçado, sou conhecida entre os meus colegas como aquela que não gosta de abraços. Já rolou muito constrangimento na minha vida por causa disso XD

    Quando eu era mais nova eu saia bastante com o meu pai, e a gente tinha o costume de andar de mãos dadas. Quantas vezes pessoas passaram olhando feio achando que a gente era um casal? Muitas. Para ver como a cabeça das pessoas é.

    Nunca parei para pensar em astros celestes como nomes para dias da semana. Provavelmente eu iria começar a odiar os astros celestes de segunda à sexta asdfghjklç

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    1. HAHAHAHAHA MEU DEUSSS eu nunca pensei nisso!! agora não vou conseguir pensar nessa palavra sem pensar no grande sugador de sangue também. caixa de entrada limpinha é TUDO de bom!!!

      nossa, somos opostos demais, então!! porém só abraço quem gosta de abraços também, então tá tudo certo, hahaha. eu também andava de mãos dadas com a minha mãe, e já olharam feio pra gente falando que éramos um casal, também. as pessoas são maluquinhas.

      eu acho os dias da semana em espanhol liiindos. em francês também. chique demais dizer que hoje é lua, amanhã é marte e quarta é mercúrio, como se a gente fosse pulando de planeta em planeta HAHAHA

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  3. Nossa que texto maravilhoso! Me peguei querendo copiar linha por linha pra comentar aqui embaixo, mas não vai caber!! Me identifiquei demais com seu fluxo de pensamentos, com seu jeito de ter amizades (eu tive várias amigas que andavamos de mãos dadas nas ruas, às vezes abraçadas, sinto muita falta delas), os vários hobbys e aprendizados que você disse que tem. Eu tenho um monte de hobbies diferentes também, amo aprender coisas novas. Sobre o aprendizado e o cérebro: bom, o cérebro também é plástico, e essa plasticidade continua com a gente por toda a nossa vida, mesmo em pessoas idosas. É justamente essa plasticidade que permite que a gente continua aprendendo, porque o cérebro está sempre formando conexões novas através de outros caminhos. Lógico que a gente tem um declínio cognitivo com a idade, mas é um mito que não dá pra aprender muito. qualquer idade é idade de aprender!

    "eu quero uma existência que não me deixe exausta de cada coisa que eu escolho fazer." copiei essa frase e deixei no crtl+c porque isso aqui resume EXATAMENTE uma conversa que tive com uma amiga, dias atrás. Falava com ela sobre a frustração que eu sinto em relação a minha profissão. Gosto do que faço, mas é exaustivo, ter que ficar todo dia dedicando a minha alma a uma profissão que praticamente não me dá nenhum retorno. Essa amiga sugeriu que eu profissionalizasse algum dos meus hobbies, mas tive a mesma sensação: que transformar em trabalho algo que eu faço por prazer e ter que me dedicar aquilo o dia todo também não adiantaria. Aí a sua frase me fez pensar isso, eu quero um TRABALHO que não me deixe exausta de cada coisa que eu escolho fazer hahah' Às vezes eu sinto que esse mundo não é pra mim

    Meu comentário ficou meio desconexo, mas é que pensei em várias coisas enquanto lia, e não queria deixar de comentar. Amei ler seu texto, me trouxe um conforto enorme nesse momento difícil de pandemia

    Beijos!
    Serenar

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    1. eu gosto demais de abraçar meus amigos!! é muito gostoso ganhar um abraço apertado <3 guardando no coração o que você me ensinou sobre capacidade de aprender e cognição (e no cérebro, afinal ele pode aprender sim HAHAHA)!!!

      eu me identifico com você no sentido de não querer transformar meus hobbies em fonte de renda — eu gosto de fazer sem compromisso, gosto de aprender só por saber que posso aprender e gosto até da possibilidade de largar meus projetos pela metade e retomar semanas, meses, anos depois (isso se retomar). é a questão da liberdade, né? acho que o capitalismo tira muito dessas escolhas da gente. trabalho acaba sendo só uma fonte de exaustão, porque a gente sabe que o mercado vai sugar tudo o que a gente tem e mais um pouco. eu tenho conseguido tornar meu trabalho algo que consome um pouco menos minha vontade de viver, mas às vezes não dá pra levar tudo no meu ritmo. eu poderia ficar horas aqui falando sobre o capitalismo não fazer sentido e como eu odeio esse sistema econômico, mas né, qualquer olhadinha no estado do mundo já deixa bem claro de onde vem essa insatisfação :^(

      eu amei seu comentáriooo!! por favor, apareça aqui mais vezes, porque eu amei ler o que você disse, hahaha. vou bater na porta do serenar de vez em quando também, levando uns bolinhos de chuva.

      beijocas!!

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  4. Sua namorada é a minha xará! :D

    Falando em Ian McKellen, já leu o blog dele durante o período de filmagens do Senhor dos Anéis? O link: https://mckellen.com/cinema/lotr/journal.htm E eu estou um pouco chocada com o fato de que o filme tem VINTE ANOS. Gosto de imaginar que, para Tolkien, os hobbits têm uma pureza intransponível, mas ao mesmo tempo uma ingenuidade que os torna manipuláveis (que seria minha interpretação sobre o Gollum).

    Eu compartilho da mesma sensação sobre aprendizado, mas ao mesmo tempo procuro uma solução. Porque, querendo ou não, a vida nos impõe que aprendamos, que estudemos. Talvez, quanto mais velhos fiquemos, mais repetição seja necessária para o aprendizado se consolidar.

    Que coisa boa deve ser ter uma amiga que gosta de abraçar E é boa nisso. Na minha época de ensino médio era tudo separado por "panelinha". Só lá pelo terceiro ano que alguns grupos começaram a se aceitar. Não tinha fila para abraço, mas tinha momentos bons. Tudo para, anos depois, ninguém se falar com ninguém. :(

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    1. sim!!!

      eu nunca li, vou bem caçar pra ver depois com calma (é maluco pensar que TUDO faz MUITO TEMPO. as coisas dos anos dois mil, meu deus). eu nunca li senhor dos anéis, sabia? tenho vontade. duas amizades queridas minhas gostam muito do universo dos livros. sobre os hobbits, eu adoro a ideia de ter pezinhos com solas grossas que não precisem de sapatos, hahaha

      eu gosto muito de aprender, então só ignoro essa ideia de que não dá pra aprender depois de mais velho e vou com tudo, hahaha

      ai, minha turma de ensino médio era ótima. por mais que tivéssemos grupos, era todo mundo muito unido, e isso era muito bom. a turma ainda se fala de vez em quando, mas é mais difícil quando a gente não estuda mais junto e tá cada um num canto :~

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  5. ai, eu também tenho isso de achar algumas palavras mais bonitas escritas do jeito errado. tipo largatixa, mortandela. perdão, português!
    agora que eu comecei a trabalhar, vou ficar um bom tempo pensando nesse terceiro parágrafo. eu tenho pânico de ser “engolida” pelo capitalismo e virar um robô, sabe? medo de viver no automático. também quero ser lembrada por outras coisas. inclusive, não gosto da pergunta “o que você faz da vida?” porque resume as pessoas a uma profissão. eu sou jornalista, ok, mas eu também gosto de fazer bolo nos fins de semana kkkkkkk sabe? a gente é muito mais do que só isso.
    eu tava fazendo um curso esses dias e o professor falou que é um insulto ao português quem não usa letra maiúscula. eu só conseguia pensar no ataque que ele teria se entrasse no meu blog kkkkkk. não tenho culpa se a pessoa não entendeu o CONCEITO por trás disso kkkkkkk.
    falando em cartas, preciso urgente escrever uma pra ti. as últimas semanas foram tão corridas que não consegui, perdão. em breve eu vou tirar um momentinho de calma pra escrever uma bem linda!
    ah pronto! agora eu quero te dar um abraço! kkkkk que saudade de abraçar as pessoas, ô praga de pandemia, viu?!!!!
    sinto que perdi a capacidade de aprender e isso é desesperador. é como se eu não conseguisse reter mais nada, sabe? “tantos anos estudando coisas que eu não gosto me tornaram uma pessoa “impermeável” com bloqueio de aprendizado ou é só uma fase?” é uma pergunta que me faço todo dia (esperando que a resposta seja a 2ª opção).
    petição pros dias da semana serem nomeados assim = duas assinaturas.
    (sim, eu vou stalkear seu blog porque perdi várias postagens. beiju!)

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    1. palavras erradas deixam a vida mais gostosa!! hahaha

      olha, acho que quando a gente é anticapitalista esse medo de ser engolida e ficar pirando com essas coisas de produtividade é algo que tá sempre presente. mas é bom que ajuda a gente a manter uma visão crítica e não ficar tão maluca trabalhando sem parar. é bom ser um bom profissional, mas é melhor ser a gente.

      MAS NÃO USAR LETRA MAIÚSCULA É UMA ESCOLHA ESTILÍSTICAAAAAAAAAAAAA!!!

      nossa, por favor, me escreva sim!! eu recebi umas três cartas ou quatro esses dias e tenho que responder também. essas coisas me deixam tão feliz 🥺 eu amo cartas porque é uma fuga tão grande do dia-a-dia, um negócio tão aleatório, e às vezes muda total o rumo do dia <3

      em breve vamos arrumar um jeito de fazer esse abraço acontecer!!!

      nossa, segura a minha mão. eu sinto toda hora que já não sou mais capaz de absorver nada, mas várias coisas me provam o contrário. acho que a masha mesmo comentou em outro post (ou outra pessoa???? talvez a marina?? não sei) que a gente pode aprender mais devagar, com mais dificuldade, mas mesmo assim aprende. o importante é deixar o cérebro ativo.

      amei que você passou e deixou trocentos comentários. me senti especialíssima!!!

      beijo, lê <3

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    2. (fui ver aqui e vi que foi a marina que comentou, nesse post mesmo kkk socorro.)

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